sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O Menino Maluquinho

A mãe de um garoto de nove anos pediu que eu a ouvisse a respeito das dúvidas que ela tem, no momento, sobre como conduzir algumas questões do filho. A história dela vai nos ajudar a refletir sobre como a lógica médica tem transformado nossas vidas e, principalmente, a vida dos mais novos.

O garoto é inteligente e, na escola, produz bem. Suas notas são altas mesmo sem estudar nada em casa ou fazer as lições que a professora envia. A mãe quer que ele estude, faz o possível para que ele faça as lições, mas toda a paciência dela desaparece em minutos e eles terminam, invariavelmente, brigando quando ela se dispõe a acompanhar as tarefas do filho, pressionada que é pela sociedade para que haja assim.

É que o garoto não para e nem presta atenção em nada: fica pulando de uma coisa para outra e, por isso, a tarefa que poderia fazer em minutos se arrasta pelo dia todo. E é assim que ele se comporta na escola. A mãe já foi chamada várias vezes pela professora e coordenadora por causa do comportamento agitado e ruidoso do filho. Da última vez, a escola sugeriu que ela o levasse a um médico, e ela atendeu. Saiu do consultório com um diagnóstico do filho e uma receita nas mãos.

Ficou transtornada porque nunca considerou a possibilidade de o filho ter problemas médicos e foi à casa da mãe para desabafar. E ouviu o que a deixou agoniada. A mãe lhe disse que ela, quando criança, era igual ao filho. Também foi uma criança muito ativa e barulhenta e que deu muito trabalho mas, naquela época, não se costumava pensar que isso era sinal de alguma doença.

Essa mulher é uma executiva de sucesso, disputada no mercado de trabalho e, segundo ela, uma de suas características profissionais que a impulsionou é justamente conseguir fazer bem várias coisas ao mesmo tempo. "Um traço meu, que meu filho parece ter herdado, nele é doença?", perguntou ela.

Pois é: em outras épocas, crianças assim eram celebradas e não diagnosticadas. Quem leu "O Menino Maluquinho" deve lembrar-se de como Ziraldo o descreveu: "...Ele tinha o olho maior do que a barriga, tinha fogo no rabo, tinha vento nos pés, umas pernas enormes (que davam para abraçar o mundo)...".

De lá para cá, cada vez mais as crianças deixam de ser consideradas "crianças impossíveis" por causa de seu comportamento, como era visto o Menino Maluquinho, e passam a ser crianças doentes, portadoras de síndromes dos mais variados tipos e que precisam de tratamento.

O que antes não era considerado problema médico - insônia, tristeza, angústia etc. - agora são doenças, transtornos, distúrbios, síndromes. A essa maneira de pensar é que chamamos de "Medicalização da Vida", e no mundo todo há movimentos que resistem a esse estilo. Na cidade de São Paulo, por exemplo, há um dia - 11 de novembro - dedicado à luta contra a Medicalização da Educação e da Vida.

Por que a Educação está em destaque? Porque nunca antes vimos tantas crianças diagnosticadas e tratadas, seja por "problemas de aprendizagem" como por características de comportamento.

É bom lembrar que o comportamento das crianças está em sintonia com o mundo em que nasceram, e que a aprendizagem humana é um campo muito complexo e diverso. Diagnósticos e tratamentos têm lidado com muito simplismo tais questões.

Que voltemos a ter mais crianças impossíveis (que, com seu comportamento, alegram a casa, como o Menino Maluquinho) do que crianças consideradas doentes! 

Rosely Sayão, psicóloga e consultora em educação.




domingo, 13 de outubro de 2013

Amor

Tem músicas que a melodia não sai do pensamento. São tão delicadas!


"Essa coisa de fazer o mundo acreditar

Que meu amor, não será passageiro

Te amarei de janeiro a janeiro

Até o mundo acabar."


Música : De Janeiro a JaneiroBela interpretação de Nando Reis

Foi numa aula sobre Freud que ouvi falar de Manoel de Barros...


"Passava os dias ali, quieto, no meio das coisas miúdas.
E me encantei."

Manoel de Barros

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Situações que podem interferir na formação da personalidade

10 coisas que não devemos dizer para as crianças. Vale a pena ler, já que isso pode influenciar (e muito!) na personalidade delas.


1 – Não rotule seu filho de pestinha, chato, lerdo ou outro adjetivo agressivo, mesmo que de brincadeira. Isso fará com que ele se torne realmente isso.

2 – Não diga apenas sim. Os nãos e porquês fazem parte da relação de amizade que os pais querem construir com os filhos.

3 – Não pergunte à criança se ela quer fazer uma atividade obrigatória ou ir a um evento indispensável. Diga apenas que agora é a hora de fazer.

4 – Não mande a criança parar de chorar. Se for o caso, pergunte o motivo do choro ou apenas peça que mantenha a calma, ensinando assim a lidar com suas emoções.

5 – Não diga que a injeção não vai doer, porque você sabe que vai doer. A menos que seja gotinha, diga que será rápido ou apenas uma picadinha, mas não engane.

6 – Não diga palavrões. Seu filho vai repetir as palavras de baixo calão que ouvir.

7 – Não ria do erro da criança. Fazer piada com mau comportamento ou erros na troca de letras pode inibir o desenvolvimento saudável.

8 – Não diga mentiras. Todos os comportamentos dos pais são aprendidos pelos filhos e servem de espelho.

9 – Não diga que foi apenas um pesadelo e mande voltar para a cama. As crianças têm dificuldade de separar o mundo real do imaginário. Quando acontecer um sonho ruim, acalme seu filho e leve-o para a cama, fazendo companhia até dormir.

10 – Nunca diga que vai embora se não for obedecido. Ameaças e chantagens nunca são saudáveis.


FONTE: UOL

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Intropecção Psicológica...

O fazer pedagógico não é tomado como base um  escorregar de caneta vermelha ou  uma interrogação no caderno....O verdadeiro fazer pedagógico é sublinhado primeiramente com ética e com o conhecimento da alma humana. 

                                    Saura

domingo, 25 de agosto de 2013

Todo mundo tem um coração para algo diferente, isso é o que nos torna  únicos, especiais  e eternos.

                                                      Saura

sábado, 24 de agosto de 2013

Quando entrar Setembro...

Dias de chuva para avisar que o inverno austral  está terminando e próximos estamos do equinócio outonal.

Primavera das flores ou flores na primavera. Que venham elas!



Saura

domingo, 7 de abril de 2013

Só por hoje...

Estive pensando se há algo mais poderoso que o hoje...
Demoramos muito para acreditar que o passado é só lembrança e que o futuro não nos cabe no momento.
Somos somente o presente e cada dia representa o hoje.
Para que só vivermos sonhando?
Se o sonho depende do hoje.
Nós não pertencemos ao passado e nem ainda chegamos no futuro.
Fizemos parte do hoje que é o único momento presente em nossas vidas.
Dependemos do hoje e temos somente a certeza do "agora".


Saura S.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Dicas para seus filhos aproveitarem as férias

Férias. Para as crianças, é um dos períodos de descanso do ano. Agora é esquecer um pouco a escola e só pegar em cadernos daqui a um mês. Essa mamata toda, porém, assusta um pouco os pais. O que fazer com os pimpolhos em todo o tempo livre? A preocupação é justificada, mas a boa notícia é que existem, sim, diversas formas interessantes de entreter a garotada e, de bônus, ainda reforçar os laços familiares. Só é preciso um pouco de dedicação, isto é, nada de largar a tarefa para o playground do prédio e os fiéis companheiros eletrônicos - videogame, TV e computador. 

"O segredo é não encher a criança de compromissos e, ao mesmo tempo, também não a deixar totalmente desorientada", aconselha a psicopedagoga Tânia Ramos Fortuna. O ideal, portanto, seria programar viagens, passeios culturais, visitas aos amiguinhos e afins, mas sem lotar os dias de seu filho a ponto de nunca deixá-lo sozinho e livre para escolher o que quer fazer. "As crianças não são senhoras de seu tempo e, hoje, acabam às vezes escravizadas até pelo prazer, com tantas idas a lanchonetes, cinema e festinhas. Os pais podem e devem co-responsabilizar os filhos por suas férias, perguntando a eles o que querem fazer", complementa Tânia, que é coordenadora do curso de extensão "Quem quer brincar?", da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 

O equilíbrio também é bem-vindo na seleção de atividades. Dias de chuva pedem brincadeiras indoor? Pois nos dias de sol não deixe de ir andar de bicicleta no parque. Vão viajar em família? Invente jogos coletivos, que podem ser muito divertidos - mas, na volta, deixe a criança um pouco isolada, para que tire proveito também da introspecção e de sua própria imaginação.

Quer dicas mais específicas? O Educar para Crescer conversou com especialistas e reuniu sugestões exclusivas para as férias de seus filhos. Aproveite! 

1) Diversão em família:  As férias são uma boa oportunidade de a criança conviver com os parentes e ter novas experiências e aprendizados
2) Diversão na vizinhança: Nada de TV, as crianças podem aprender muito mais nas férias ao explorar a vizinhança
3) Diversão com seus filhos: Sugestões de atividades e brincadeiras para das férias sem que a leitura se torne tarefa chata
4) Diversão à moda antiga: Esconde-esconde, corre-cotia, passa-anel... Lembra as brincadeiras da sua infância? Elas são ótimas para tirar as crianças da frente da TV!
5) Brinquedos eletrônicos que as crianças adoram: De laptop infantil a globo interativo, de sudoku a minimesa de música: idéias para fazer a alegria da garotada
6) Brinquedos que você pode fazer: Pipa, cinco marias, pé de lata... como fazer brinquedos artesanais para as crianças
7) Como aprender em Viagens: dicas para transformar uma viagem em diversão e aprendizado em família
8) Dicas para aproveitar uma visita ao zoológico: Descubra como você pode fazer seu filho se divertir e aprender sobre meio ambiente no zoológico
9) Aproveitar um dia no parque ou na praça: Dicas espertas para quem vai passar as férias com as crianças em sua própria cidade
10) Levar as crianças ao teatro: Um guia completo para você e seu filho se divertirem e aprenderem antes, durante e depois do espetáculo
11)  Aproveitar uma ida a um centro histórico: Saiba como juntar diversão e conhecimento em um passeio pra lá de educativo em sua própria cidade
12)  Aproveitar uma ida ao planetário: Olhar o céu - ou uma projeção dele - pode ser uma experiência ótima para ter com os filhos


Fonte: Educar para Crescer